sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Desvendando o Overtraining – por Claudio Bolanho, diretor Geral Help Professor




Quem gosta de desporto, seja atleta profissional ou não, corre um risco que, infelizmente, é mais comum do que se imagina: A síndrome do Overtraining. Em resumo, e de forma simplificada “ganho de lesões e queda de rendimento”Como já sabemos tudo em excesso é ruim, inclusive treinar. E como muitos desportistas não querem perder tempo, alguns erros são cometidos durante a preparação física. Mas é muito importante ter controlo no treino, pois exagerar pode custar caro.Durante o overtraining o corpo sofre diversos abalos e a perda da performance pode, inclusive, vir acompanhada de lesões. Durante este processo, há diminuição de hormônios, como a testosterona e o aumento de outros, como o cortisol.
Para se ter uma ideia, este aumento do cortisol prejudica o metabolismo e o sistema imunológico. Ou seja, o tiro sai pela culatra. Os sintomas de um atleta com overtraining podem variar desde a fadiga física à psíquica.
Além da queda do desempenho, há alterações na qualidade do sono, ou sonolência durante o dia; mudança de apetite; sensação constante de cansaço; problemas psicológicos como excitação, depressão, irritabilidade, ansiedade e nervosismo; aumento do tempo de recuperação da frequência cardíaca; dificuldade excessiva de completar sessões de treino, perda de peso e apatia geral.
De acordo com pesquisadores existem dois tipos de overtraining, o comportamental e o orgânico. O primeiro é o mais traiçoeiro devido à dificuldade de ser diagnosticado e, consequentemente, curado.
Como ele esta associado a diversos factores emocionais e sociais, a dimensão dos problemas acaba por ser grande. Inclui desde no medo de fracassar ou traumas, conflitos pessoais e problemas financeiros. Normalmente esse tipo de overtraining é descrito como fadiga mental.
“Uma dica para vencer estes problemas é focar nos objectivos, definir as prioridades e segui-las com disciplina”.
Já no overtraining orgânico ou físico, como os sintomas são mais visíveis, o tratamento acaba por ser mais fácil. Alguns dos problemas a serem detectados são, problema fisiológicos, cardiológicos, ósseos, musculares e hormonais. O sintoma que requer maior atenção é o cardiológico, portanto fique atento ao seu coração.
Posso afirmar pela experiencia como técnico que o índice de overtraining é consideravelmente mais alto em atletas amadores. Um dos motivos é o facto de não adoptar a melhor estratégia de treino e não seguir uma recuperação adequada entre os treinos.
“Desta forma, reforço a ideia de estar sempre atento. Respeitar os limites fisiológicos, interpretar as sensações, e não ignorar os avisos vindos do seu corpo”.
Para finalizar é importante fazer o uso de um diário para registar dados importantes como tensão (pressão arterial), frequência cardíaca média e máxima de treino, registo do esforço, dentre outras observações, pois além de estar a acompanhar seu pregresso poderá realizar comparações com dados anteriores.
Conclusão meus caros atletas: “Respeite sempre os sinais do seu corpo e fique atento aos avisos do mesmo. “Mais vale recuar alguns passos para podermos alcançar maiores distâncias”. Bons treinos!

fonte: CicloFemi


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