segunda-feira, 11 de abril de 2016

Desafio em Barbalha - II DESAFIO 50KM DA CHAPADA DO ARARIPE

Karina Brandt e Vitor Luna promovem corridas em Barbalha que atraem maratonistas de todo o Brasil

Casada com o barbalhense Vítor Luna, Karina Brandt chegou ao Cariri há 14 anos. Ainda sem boas opções de academias onde pudesse se exercitar, ela se viu em um mato sem esteira. “Eu pensei: bem, vai ser o jeito eu correr na rua. Mas, na primeira corrida de 10km que eu participei, achei que eu fosse morrer”, ela ri. O hobby ganhou lugar na vida do casal e eles passaram a competir em diversas maratonas – até na Muralha da China). Em um desses encontros de maratonistas (na ultramaratona de Caruaru, de meros 100km), surgiu o pedido para que o casal promovesse uma corrida no Cariri. No ano passado, Vítor e Karina convidaram alguns amigos a visitarem a região para um treino, como forma de tentar colocar Barbalha na agenda de maratonas do país. Quando saíram os dois pela serra para pensar no trajeto do treino, eles perceberam que aquela trilha não se tratava de uma corrida qualquer, mas de um desafio. Ao todo, mais de 100 pessoas confirmaram presença, então ali mesmo começou o Desafio 50km da Chapada do Araripe.
Em 28 de março passado, na primeira edição do Desafio, pessoas de nove estados compareceram. Quase um ano depois, no último dia 26, Vítor e Karina repetiram a dose. Desta vez com apoio de equipes do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Instituto Federal do Ceará (IFCE), eles fizeram ainda melhor. A corrida impôs o limite de 300 inscritos e remodelou o trajeto, que antes começava e acabava no Sítio Pinheiros, em Barbalha. Agora começando no Distrito do Caldas, o Desafio fez a volta pela Arajara, descendo até a cidade de Barbalha e voltando ao Caldas, na segunda etapa da corrida, em uma subida por dentro da serra, onde o maratonista sentiu na pele – e nas pernas – o sentido da palavra “desafio”. “Eu pensei que fosse durar umas 4h30min”, Maria de Fátima conta, “mas esse é o cálculo de uma maratona reta, sem lama, sem pedras, sem ladeira”. Fátima chegou ao Caldas depois de 5h02min de corrida, ganhando o primeiro lugar na categoria feminina, mais de meia hora antes da segunda colocada.

Maria de Fátima, primeira colocada na categoria feminina (Foto: Jardel Matos)




Maria de Fátima, primeira colocada na categoria feminina (Foto: Jardel Matos)


O 2º e o 3º lugar da categoria feminina foram para corredoras de Recife e Fortaleza. Entre os homens, um fortalezense levou o primeiro lugar, enquanto um juazeirense ficou em segundo. A quantidade de pessoas que vieram de fora para visitar a região e participar da corrida lotou todos os hotéis de Barbalha. “As pessoas vêm por causa da Chapada do Araripe”, Karina fala, explicando que é a natureza que atrai maratonistas para o Cariri. Ao lado de Vítor, que é apaixonado pela região, ela espera que o Desafio ajude a colocar Barbalha no mapa de grandes corridas do país e também sirva para os próprios caririenses se conscientizarem em relação à preservação da floresta. Semanalmente, Karina e Vítor praticam treino na serra com amigos. “A Chapada é nossa pista de corrida”, ela diz. O grupo Corredores da Chapada do Araripe (Corcha) é quem hoje promove o Desafio.



Fotos: Renato Neves



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